Ser de esquerda e defender a vida no Brasil é uma situação meio delicada por alguns motivos:
- Muitos partidos que são contrários ao aborto são de direita
- Muitos partidos de esquerda obrigam seus membros a defenderem a liberação do aborto (PT, PSOL, ...)
- As pessoas relacionam ser contrário ao aborto irrestrito com a ideia de conservadorismo religioso. (Em boa parte por culpa das bancadas religiosas que não fazem uma defesa científica da vida)
- Desconhecimento total sobre o feminismo pró-vida, socialismo pró-vida, ATEUS pró-vida e outros grupos pró-vida que fogem completamente da lógica de que ser pró-vida é ser da direita religiosa.
- As pessoas em geral não sabem que existem pró-vida que são contra QUALQUER tipo de aborto e aqueles que toleram (mesmo achando que devem ser evitados) em algumas situações extremas como no caso de anencefalia ou de risco para a mãe.
É claro que não estamos aqui para fazer nenhuma defesa de partido A, B ou C e nem ignoramos o quanto o cenário político do Brasil é maleável.
Em 2010 o Partido Verde ,
visando permitir a candidatura de Marina Silva como presidente, abriu a possibilidade de que nem todos os filiados tivessem que seguir sua agenda na questão do aborto e conseguiu atrair alguns setores da esquerda pró-vida incluindo aí
alguns egressos do PT.
Mas em 2014? Em 2014 teremos a aliança PSB/REDE com o maior número de esquerdistas pró-vida que já foi visto. Entre os filiados estão: Marina Silva (AC), Romário(RJ), Professor Morôni(RJ) e mais vários outros inclusive 10 parlamentares na
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Vida.
Podemos lembrar ainda do
apoio dado por outros famosos esquerdistas pró-vida como Heloísa Helena (PSOL), que resolveu sair do PSOL justamente pela agenda fechada em favor do aborto, e que embora esteja ligada a REDE não pode se filiar ao PSB em função da legislação eleitoral.
Em 2016 isso vai se repetir? Dificilmente, embora como em 2016 teremos eleições municipais a questão do aborto não entrará na pauta. Provavelmente veremos já em 2016 o que ocorreu antes de 2010. Com a REDE fundada a tendência é que seus atuais membros se retirem do PSB e aí teremos a Esquerda pró-vida espalhada novamente por alguns partidos (o que é bom por um lado e ruim por outro).Em 2018 creio ser difícil nós termos novamente uma só grande aliança com tantos nomes de esquerda em defesa da vida.